A prática da psicoterapia - Um modo peculiar do experienciar de cada pessoa por meio da Focalização
- Psicóloga Eliete Sergina de Sousa
- 26 de dez. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de out. de 2021

A focalização é uma ferramenta capaz de desenvolver percepção e promover uma comunicação da mente com o corpo, em relação ao que se sente, mais direcionada em relação ao que realmente faz sentido para cada um de nós.
É um contato com a percepção sentida - Felt Sense, um local em nós onde a mudança acontece.
Um método possível de trazer a nossa atenção para o nosso corpo e saber como é vivenciada uma dor, uma experiência.
Diariamente estamos em contato com vivências experienciais com o mundo interno, implicados pela subjetividade. Ocorre que, para algumas pessoas isto é um grande desafio, porque falta conhecimento sobre si, para conseguir decodificar pensamentos, sentimentos, dores e desejos.
Existem pessoas que vivenciam verdadeiras guerras internar por querer fazer algo e não conseguir. Encontram dificuldades para tomar decisões, lidar com as próprias emoções, com o que sente. Essas dificuldades resultam em um diálogo interno bastante crítico e pesado.
Então se você busca desenvolver habilidades para lidar com seu mundo interno, terá que necessariamente se conhecer, seja o que te potencializa ou o que te aniquila e te aprisiona.
Eugene Gendlin, o criador do estudo da focalização, estimulado através de vivencias de trabalho com Carl Rogers, buscou compreender na década de 50, o modo como as pessoas fluem psicologicamente; O que faz com que processos em psicoterapia tenham sucesso e outros não; E o que faz com que ocorra transformações em alguns casos e em outros não.
A focalização é uma forma de entrarmos em contato com a nossa experiência, sendo este um processo básico que influem em nós, de buscar palavras para dizer o que estamos sentindo. Nós, como organismos vivos interagimos com o mundo de uma forma muito maior do que a nossa consciência é capaz de saber e administrar. Se uma parte em nós é racional, a outra é subjetiva e pré-conceitual, sendo esta última o que importa no trabalho com a focalização, porque é nessa parte pré-conceitual que reside o nosso potencial e, que, muitas pessoas não utilizam por não ter acesso.
No trabalho com a focalização não há a desvalorização da capacidade racional, a objetividade ou a capacidade analítica da pessoa. Ao contrário, propõe uma maneira de articulá-las a nossa parte mais subjetiva, aquela anterior a lógica, aos conceitos já estabelecidos. Isto dito por Carl Rogers seria – a focalização é um recurso para acessar as nossas experiências organísmicas.
Existem característica que Gendlin considerou no humano que foram fruto da sua experiência enquanto trabalhou com Rogers. Que todo organismo humano é fluido e contínuo, possível de mudanças. A focalização vai além do acesso aos sentimentos. Seu alcance é mais profundo, por ser uma possibilidade de acesso aos significados do sentimento.
Até a próxima!!
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Colunista:
Eliete Sergina de Sousa CRP 12/09352
Psicóloga Centrada na Pessoa
Instagram: @psicologaelietesergina
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