Como seu cérebro decide confiar em alguém
- Psicóloga Eliete Sergina de Sousa
- 12 de out. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de jan. de 2022
Venho falar com você sobre a confiança a ser construída em uma relação, porque estar com pessoas confiáveis faz toda diferença, uma vez que a isso é a base para mantermos relações seguras, genuínas e saudáveis.
Quando estamos com alguém que demonstra ser confiável, teremos grandes chances de conseguir ficar mais à vontade com essa pessoa, podendo falar abertamente, estar mais relaxados, mais verdadeiros e menos ansiosos.
Ao confiar em alguém você dá a ela a oportunidade para que ela consiga também confiar em você; ser mais verdadeira e real com você e com ela mesma, podendo criar um canal de comunicação transparente. Nem sempre isso vai acontecer de forma concomitante.
Mas, o que ocorre que algumas pessoas não conseguem confiar ou até mesmo perdem a confiança rapidamente em alguém?
Vou responder a essa pergunta aqui neste texto, mas antes quero te contar uma coisa.
A base da confiança é a aceitação incondicional, como que um caminho para a construção da confiança. Então quando vivemos experiências com pessoas que nos traíram; que até mesmo eram aquelas pessoas que demonstravam estar sempre tendo comportamentos com tudo a ver com o que diziam, vamos solidificando um nível de confiança que contribui num desejo que querer ficar mais e mais perto desse alguém. Porque é gostosa a presença dessa pessoa em nossa vida. Do contrário temos a tendência de repelir essa pessoa e, assim, como forma de proteção sofre-se uma confusão mental, ocasionada pela insegurança que essa experiência produz, pela baixa autoestima e até mesmo despersonalização.
Mas, voltando a pergunta deste texto preciso te dizer, primeiramente, que o nosso cérebro tem dois mecanismos para que possamos confiar nas pessoas, e manter relações de colaboração, até mesmo com aquelas pessoas que não fazem parte do nosso convívio social. Alguém lá do seu trabalho; do seu bairro; da sua faculdade. Essa é uma habilidade exclusivamente humana.
Somos capazes de desenvolver um certo nível de predição e de empatia por outra pessoa.
Veja como isto é:
Nosso córtex é capaz de prever comportamentos e isto nos ajuda a coordenar o nosso comportamento com o do outro.
O outra está na nossa capacidade de liberar um hormônio chamado oxitocina, que dentre tantos benefícios, será responsável pela produção da empatia. A produção deste hormônio é importante, porque será ele que irá regular outro hormônio – dopamina, que é responsável dentre tantos benefícios nos dar a sensação de bem-estar ao lodo de uma pessoa. Este hormônio é essencial para que consigamos estar com outras pessoas e nos relacionarmos.
Então a confiança que desenvolvemos a outra pessoa ocorre por meio da predição e da empatia, que foram originárias de funções da amidala e do hipocampo, no sistema límbico. Isto nos ajuda a construir uma imagem de como é essa pessoa e do que sentimos por ela, de acordo com o que temos formado na memória de alguém que pode ser confiável, que pode ser colaborativa, numa mutualidade de confiança.
Até a próxima!!
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Colunista:
Eliete Sergina de Sousa CRP 12/09352
Psicóloga Centrada na Pessoa
Instagram: @psicologaelietesergina
*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.
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