Ansiedade
- Psicóloga Eliete Sergina de Sousa

- 11 de jan. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 26 de dez. de 2020

Boa parte dos nossos comportamentos aparecem ansiedade e medo.
Pessoas se sentem ansiosas e, assim é porque elas pensam/percebem e tomam consciência que sua existência pode ser destruída; ou que algo que é muito importante para elas pode estar sendo ameaçado.
Duas situações para elucidar o que eu digo:
- Quando alguém espera por uma notícia que lhe é muito importante e que investiu expectativas no resultado, pode gerar ansiedade.
- Quando alguém se dá conta que não está atingindo suas capacidades como esperava que fosse e, ao deparar-se com essa percepção de não capacidade, de possível falha, de que pode dar errado o que planejou, sente-se ansiosa. Nesse caso por se experimentar com ansiedade ela pode ir para dois caminhos distintos:
Pode ir pelo caminho da mudança, da buscar por tentar novamente. Nesse caso experimenta uma ansiedade dita normal e construtiva.
Pode ir pelo caminho da estagnação por acreditar que é um fracasso e que não consegue realizar o que planejou e do jeito que planejou.
A ansiedade dita “normal e construtiva” promove crescimento e mudança, ela não paralisa o sujeito impedindo-o de seguir em frente. Vivemos situações que gera ansiedade. Quando nos deparamos com valores ultrapassados e que por isso precisamos ser revistos; quando precisamos fazer novas criações e descobertas e por vai.
Enquanto vivemos momentos de criação, do novo, sentimos ansiedade. Ela nos diz que precisamos fazer algo, por isso o corpo se remexe, não pará quieto, a mente acelera. É a vida te dizendo: que tal experimentar fazer de outro jeito, pensar de outra forma, sentir o que tem a volta. Rollo May diz em um vídeo que a ansiedade diz para as pessoas:
"Achem suas próprias vozes, suas próprias almas. Uma espécie de estímulo em direção a criatividade, a coragem".
Já a ansiedade que gera “estagnação” é entendida como doentia ao sujeito. Ela surge quando nossos dogmas (certezas absolutas) são ameaçados, tendo a sensação de morte, de fim, de não mais saída. No corpo intensificam os sintomas que a princípio eram por acontecimentos externos e depois passam a ser gerados por processos internos (pensamentos, sentimentos, memória) que provocam alterações nas nossas percepções e sensações, quando não em todos os processos psicológicos básicos do humano.
Voltando a falar da coragem, que mencionei na primeira parte do texto. Essa palavra pequena que para alguns tanto amedronta e falta. Ter coragem para viver a vida plenamente no momento já é aprender que não conseguimos controlar a nós e as coisas; que não é certo sair desenhando estradas e então achar que vai trilhar só o caminho que construiu, planejou, como uma espécie de bússola que trará confiança. A vida trás surpresas, desafios e para encará-los requer coragem!! Então coragem é viver o desconhecido, andar na estrada sem trilha; é mudar de rota quantas vezes for preciso e não paralisar. É estar disposta a viver possibilidades.
Numa ocasião um professor meu disse: coloque um tijolo de cada vez para você pisar. Não queira ladrilhar todo o caminho sem nem ao menos saber a direção das coisas. Vá experimentando, vá vivendo o agora. Coloca um tijolo e sente como é estar alí, como é viver daquele jeito, estar naquela atividade do trabalho, naquele relacionamento e se não estiver confortável, mude a direção do próximo tijolo. Você pode fazer isso!!! Você tem a liberdade para fazer isso, mas é claro, indico que vá experimentando e só assim podes dizer se está saindo como pensou ou se vai precisar criar diferente.
Até a próxima!!
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Colunista:
Eliete Sergina de Sousa CRP 12/09352
Psicóloga (Unisul)/SC / Terapeuta Centrada na Pessoa (Espaço Viver/SC)
Instagram: @psicologaelietesergina
*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.
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