top of page

Ansiedade

Atualizado: 26 de dez. de 2020



ree

Boa parte dos nossos comportamentos aparecem ansiedade e medo.


Pessoas se sentem ansiosas e, assim é porque elas pensam/percebem e tomam consciência que sua existência pode ser destruída; ou que algo que é muito importante para elas pode estar sendo ameaçado.


Duas situações para elucidar o que eu digo:


- Quando alguém espera por uma notícia que lhe é muito importante e que investiu expectativas no resultado, pode gerar ansiedade.

- Quando alguém se dá conta que não está atingindo suas capacidades como esperava que fosse e, ao deparar-se com essa percepção de não capacidade, de possível falha, de que pode dar errado o que planejou, sente-se ansiosa. Nesse caso por se experimentar com ansiedade ela pode ir para dois caminhos distintos:


  1. Pode ir pelo caminho da mudança, da buscar por tentar novamente. Nesse caso experimenta uma ansiedade dita normal e construtiva.

  2. Pode ir pelo caminho da estagnação por acreditar que é um fracasso e que não consegue realizar o que planejou e do jeito que planejou.


A ansiedade dita “normal e construtiva” promove crescimento e mudança, ela não paralisa o sujeito impedindo-o de seguir em frente. Vivemos situações que gera ansiedade. Quando nos deparamos com valores ultrapassados e que por isso precisamos ser revistos; quando precisamos fazer novas criações e descobertas e por vai.


Enquanto vivemos momentos de criação, do novo, sentimos ansiedade. Ela nos diz que precisamos fazer algo, por isso o corpo se remexe, não pará quieto, a mente acelera. É a vida te dizendo: que tal experimentar fazer de outro jeito, pensar de outra forma, sentir o que tem a volta. Rollo May diz em um vídeo que a ansiedade diz para as pessoas:


"Achem suas próprias vozes, suas próprias almas. Uma espécie de estímulo em direção a criatividade, a coragem".

Já a ansiedade que gera “estagnação” é entendida como doentia ao sujeito. Ela surge quando nossos dogmas (certezas absolutas) são ameaçados, tendo a sensação de morte, de fim, de não mais saída. No corpo intensificam os sintomas que a princípio eram por acontecimentos externos e depois passam a ser gerados por processos internos (pensamentos, sentimentos, memória) que provocam alterações nas nossas percepções e sensações, quando não em todos os processos psicológicos básicos do humano.


Voltando a falar da coragem, que mencionei na primeira parte do texto. Essa palavra pequena que para alguns tanto amedronta e falta. Ter coragem para viver a vida plenamente no momento já é aprender que não conseguimos controlar a nós e as coisas; que não é certo sair desenhando estradas e então achar que vai trilhar só o caminho que construiu, planejou, como uma espécie de bússola que trará confiança. A vida trás surpresas, desafios e para encará-los requer coragem!! Então coragem é viver o desconhecido, andar na estrada sem trilha; é mudar de rota quantas vezes for preciso e não paralisar. É estar disposta a viver possibilidades.


Numa ocasião um professor meu disse: coloque um tijolo de cada vez para você pisar. Não queira ladrilhar todo o caminho sem nem ao menos saber a direção das coisas. Vá experimentando, vá vivendo o agora. Coloca um tijolo e sente como é estar alí, como é viver daquele jeito, estar naquela atividade do trabalho, naquele relacionamento e se não estiver confortável, mude a direção do próximo tijolo. Você pode fazer isso!!! Você tem a liberdade para fazer isso, mas é claro, indico que vá experimentando e só assim podes dizer se está saindo como pensou ou se vai precisar criar diferente.


Até a próxima!!

___________________


Colunista:

Eliete Sergina de Sousa CRP 12/09352

Psicóloga (Unisul)/SC / Terapeuta Centrada na Pessoa (Espaço Viver/SC) 

Instagram: @psicologaelietesergina

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!

 
 
 

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


Avenida Cláudio Zacchi Passa Vinte, Palhoça, 54, sala 01

bottom of page