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Perdi a minha Bússola

Atualizado: 26 de dez. de 2020



Na trajetória da vida, nem sempre somos o protagonista.


Se me perguntarem se eu sempre sei a trilha que devo seguir, digo que nem sempre. Quem me conhece sabe que as vezes nem estou muito preocupada com isso. Tem momentos que parece que estamos perdidos mesmo.


Eu aproveito esses momentos para replanejar a rota, porque entendo que nessas horas a vida dá uma ótima oportunidade para descongelar, sair do automatismo e pensar no que se quer com a vida que se está vivendo.


Nem sempre é fácil assumir que tem coisas ou pessoas que já não cabem seguir conosco. Então é preciso aprender a se despedir e, dar espaço e bem aventurança ao novo. Reverências ao novo traz movimento, colorido e desafios.


Visualizo esses momentos, que já não se sabe por onde começar a organização das prioridades, como um caos e, como tal precisamos ter cautela para mexer as peças.


Imaginem uma sala onde lá foi sendo colocando vários objetos, apenas foram sendo largados, a ponto até de não conseguir atravessar a sala para ir até a janela e abrir. Um lugar que para passar terá que pisar nos objetos e com medo de quebrar alguns deles, o lugar vai ficando intocável. Imaginou?


Agora nessa lógica imagine uma mente humana que está assim, entulhado de ideias, de querer, de dúvidas, de pensamentos, de experiências, de amores, de desamores, e todos ali apertados, espremidos. Imaginou também?


Como você considera que daria para arrumar este lugar e deixar ele funcional?


Vão existir várias estratégias para ação diante de situações que eu citei acima e você vai precisar encontrar a sua. Nem sempre será uma descoberta rápida e simples.


A dica é:


Comece a organização por onde lhe for mais acessível. Se tiver que arrastar uma mesa e correr o risco dela desabar, porque um de seus pés estão mal pregados, deixe ela ali ainda e olhe a volta e veja se retirando a cadeira virada, você consegue passar. Entende o que eu quero dizer? Digo que se no momento não consegues decidir por mexer em algo que é grande e pesado, decida por mexer em algo pequeno e leve, com menor implicação afetiva para você. O importante é começar. É descongelar.


Então quando se está diante de uma caos e se quer sair dele, será necessário fazer uma parada para analisar o local, para poder encontrar a bússola interna e agir. Será ela que irá nos guiar de volta para casa, já que você perdeu o endereço da sua casa.


É comum encontrar pessoas seguindo trilhas sendo guiadas por outros, porque recebem comandos assim:


  • Isto não será bom para ti!

  • Fique neste trabalho porque não está fácil arranjar outro!

  • Continue nesta relação porque ao contrário você vai ficar sozinha. Não vê que ele ou ela é tão bom para você?


Vozes como essas vão te minando, tomando forma em você e contribuem para alimentar medo, impotência e pequinês.

Vozes que aniquilam você e vai tirando a tua capacidade para saber da tua voz, do teu querer. Com o passar do tempo a sensação é: já não sei para onde estou indo. Me sinto perdida. Que vida desalinhada essa minha.


Cada um de nós vive ou já viveu momentos assim, dando importância para o que dizem ser certo ou errado.

Ao menor sinal disto se manifestando em você, faça uma parada na sua trilha (é, na sua trilha. Ela é sua e demais ninguém) e se situe onde estais. Num primeiro momento podes parecer tonto, desorientado. Tudo bem!! Se aquiete. Aquiete sua mente, e observe suas sensações. Vá sentindo tua respiração, o pulsar das batidas do teu coração quando vem um pensamento e perceba o que mais eca em ti e então conseguiras aos poucos ajustar a tua bússola e reestruturar a rota para seguir.


Se sozinho isto for muito difícil, procure ajuda de um profissional de sua confiança.


Até a próxima!!

___________________


Colunista:

Eliete Sergina de Sousa CRP 12/09352

Psicóloga (Unisul)/SC / Terapeuta Centrada na Pessoa (Espaço Viver/SC) 

Instagram: @psicologaelietesergina

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


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