Pessoas Intolerância
- Psicóloga Eliete Sergina de Sousa
- 2 de fev. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de dez. de 2020

Tenho observado comportamento, no cotidiano, de algumas pessoas, que corroem a si e, aos que a rodeiam. Situações estas, por vezes não compreendidas na sua magnitude. Não compreendidas por amigos, parceiros, colegas de trabalhos e até mesmo pela própria pessoa. É, digo “até”, porque é recorrente o número de pessoas com dificuldades de olharem para si e verem nelas atitudes que as deixam em sofrimento.
Se formos analisar um provável caminho para uma pessoa chegar a experimentar sentimentos de intolerância, primeiramente, no início desse caminhar tem-se pessoas numa busca desenfreada para agradar ao externo, para realizar feitos que possam ser vistos pelo outro. Talvez você até já esteja imaginando onde quero chegar com isto, ou não é claro.
Pois bem, faz parte de nós seres humanos, uma necessidade de ser amado, de ser considerado pelas pessoas que a nós são caras e, das quais as temos apreso. Na busca da satisfação deste amor, a pessoa, em algumas vezes, ainda muito pequena, se lança desenfreadamente. Ocorre é que, o que ela procura, sem nem ao menos ela saber, encontra-se dentro dela, mas sem que se saiba, esta mesma pessoa imagina que é no fora que irá encontrar a tal completude.
Puro engano, porque seguir a vida assim vai ficando perigoso, porque nos coloca em ciladas muitas vezes cruéis. Sim cruéis.
Como podemos prever que as pessoas saberão de nossas necessidades, se elas germinam de nós, moram em nós e a nós pertencem? Você talvez possa estar me perguntando: mais Eliete e como fica a tal aceitação incondicional? Se é realmente possível alguém sentir e praticar, não deveria as pessoas serem aceitadoras umas com as outras? Eu digo: sim, deveriam. E digo mais, aceitar envolve, aceitar além do que se acha ser certo ou errado, de contar que alguém possa lhe aceitar do jeito que você é, mas aceitar, inclusive, que existem pessoas que não irão lhe aceitar no seu formato, no seu tom de cor, que não irão dar o que você quer, só porque você imagina ser uma pessoa importante, merecedora, que não irão vibrar no mesmo nível de empolgação que você espera.
Para exemplificar o que eu digo, trago Carl Rogers, onde ele em um de seus textos coloca uma metáfora, que neste texto que escrevo digo em poucas linhas assim:
"Quando olhamos um arco-íris não é possível pedir que acentue mais o laranja ou dizer que tire daí esse azul, porque não é minha cor preferida! Assim, numa imposição. Nós apenas aceitamos o fenômeno e contemplamos".
Desta maneira podemos começar a entender como são as pessoas. Elas estão ai, com suas particularidades e complexidades, assim como você, nos mostram cores que não são belas para nossos gostos, mas nem por isso deixam de ser pessoas. E digo mais, que bacana que é este colorido de jeito de ser. Já pensou se o arco-íris fosse todinho de uma cor só? Que graça teria?
Então, digo eu, vale tanto a pena o exercício de ficar e conviver com inúmeras cores, inúmeros jeitos e desta experiência aprender e crescer e florescer.
Até a próxima!!
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Colunista:
Eliete Sergina de Sousa CRP 12/09352
Psicóloga (Unisul)/SC / Terapeuta Centrada na Pessoa (Espaço Viver/SC)
Instagram: @psicologaelietesergina
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