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Relações Fronteiriças

Atualizado: 26 de dez. de 2020




Você já ouviu falar do termo “relação fronteiriça”, ou até mesmo vive uma relação assim?

Neste texto venho falar sobre como algumas pessoas vivem este tipo de relacionamento.


Relacionar-se é uma necessidade que temos, desde que as sociedades foram formadas, seja consigo mesmo ou com outra pessoa. Nem sempre é algo simples e totalmente prazeroso. Existem pessoas que ficam as estribeiras, nas fronteiras, na via mão entre não viver nem totalmente um lado e nem totalmente o outro. Vivem relações fronteiriças – ora ótima, ora péssima, pois para essas pessoas é sempre muito doloroso tomar uma decisão entre ficar ou partir, e por viverem assim vão entrando num automatismo da relação, onde passam a não ter mais consciência sobre atos. Apenas ficam, como que anestesiadas.

Estar em relação envolve produção de afetividade, onde experimentamos sentimentos por vezes agradáveis e por vezes desconfortáveis.

Agradáveis é quando sentimentos amor, carinho, alegria, pertença, plenitude, e desagradáveis é experimentar raiva, rejeição, abandono, dor, e tantos outros.

Quando se está numa relação que exprime sentimentos desconfortáveis é um sinal de que algo está errado, porém reconhecer e aceitar essa variável é um ato de bravura, pois envolve ter que tomar uma atitude, que pode ou ficar, ou sair da relação fronteiriça.

Então mudar é difícil, e viver plenamente a mudança é mais difícil ainda, concordam? Tão difícil que tem pessoas que ficam nas estribeiras, porque não assumem posicionamentos.


Pessoas resistem a mudanças, você já parou para pensar nisso?

Isso ocorre, porque temos o hábito de seguir um padrão em nossas relações, em seguir um caminho, que as vezes é o mesmo. Escolher relações e pessoas com movimentos parecidos, que as vezes só alimentam o nosso ego e nos deixam na mesma posição, tendo assim uma explicação do porque estamos naquele lugar.


Numa ocasião ouvi uma história de um cachorro que estava num posto de gasolina em cima de um pedaço de madeira. Ele estava ali há dias e não sai, não se levantava. Recebia comida e água. Pessoas que passavam por ali diziam:


"oh tadinho deste cachorro! Outras falavam: que bonitinho! e tinham aquelas que ficavam incomodadas e uma delas resolveu mexer com o cachorro para ver se ele se levantava, se estava vivo".


No primeiro movimento feito o cachorro exprimiu dor e foi possível ver sangue por debaixo dele. O cachorro por incrível que pareça estava pregado naquela madeira e qualquer movimento que ele fizesse sentiria dor, então passou a ficar imóvel, esperando e esperando, paralisado.

Fazendo uma análise desta história o que temos é que as vezes a escolha de ficar parado, sem perspectiva de sair de onde se está é para alimentar um ganho, dito – ganho secundário.

Algo que pode ser entendido assim: enquanto estou aqui as pessoas me olham, me cuidam e eu não preciso me movimentar. Alguém faz para mim. Porém se esquece que deste jeito continua-se na fronteiriça. 🌻💞


Até a próxima!!

___________________


Colunista:

Eliete Sergina de Sousa CRP 12/09352

Psicóloga (Unisul)/SC / Terapeuta Centrada na Pessoa (Espaço Viver/SC) 

Instagram: @psicologaelietesergina

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


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