Relação de Ajuda
- Psicóloga Eliete Sergina de Sousa
- 23 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de dez. de 2020

No meu trabalho como psicoterapeuta faço o seguinte questionamento:
"Como posso proporcionar uma relação que a pessoa que me procura, venha se utilizar para seu próprio crescimento pessoal?"
Reconheço que terei que ser, com a outra pessoa a mais verdadeira possível no que estou sentindo na relação terapeuta.
Para mim, esta relação precisa ser construída à medida que o processo psicoterapêutico vai acontecendo.
Entendo que no receber uma pessoa, chega a mim uma pessoa inteira, e não um sintoma como ansiedade ou um diagnóstico de depressão, fobia, pânico, déficit de atenção, bipolaridade e por ai a fora. No meu trabalho meu olhar clínico vai para além desta lente. Vejo que nessa pessoa existem capacidades positivas que podem ser descobertas por ela e potencializadas a favor ao seu crescimento.
Numa relação de ajuda vou dialogar com o meu cliente sobre os seus problemas, seja ele numa dor subjetiva ou física, por exemplo. Mas também, crio uma atmosfera de facilitação para que essa pessoa dialogue sobre suas potencialidades, porque será a partir da descoberta de seus recursos/potencialidades que vou conseguir ajudar essa pessoa a reconhecê-lo e usá-lo em pró a solução dos problemas que vem enfrentado.
Então não será eu, na condição de psicoterapeuta a dar uma solução para tirar a dor que a assola. Mas, com todo respeito e cuidado vamos desbravando o clarão que por vezes não habita na sua consciência e, que a fez adoecer.
A clarão que digo é a capacidade que essa pessoa vai adquirir, aos poucos, de tomar consciência da forma como ela é; como se reconhece verdadeiramente nas suas relações; suas verdades; seus defeitos; qualidades. Tudo que nela habita na Pessoa é!! No modo como ela vive. No modo como faz escolhas e lida com elas.
Eu entendo que os aprendizados que tiveram significados para mim em minha vida, podem ter para a outra pessoa significado para a experiência dela, pois afinal somos todos humanos, e muitas das nossas dores também são sentidas por outra pessoa.
Isto não me serve de guia para compreendê-la, mas me aproxima da pessoa que ela é, enquanto pessoa que também sou.
Até a próxima!!
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Colunista:
Eliete Sergina de Sousa CRP 12/09352
Psicóloga (Unisul)/SC / Terapeuta Centrada na Pessoa (Espaço Viver/SC)
Instagram: @psicologaelietesergina
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